Jane Pacheco era chefe da perícia criminal durante as investigações do caso em 2002
"Ela cresceu muito, amadureceu bastante, era bem criança na época." Essa é a impressão que a perita criminal Jane Belucci teve de Suzane von Richthofen durante a entrevista exclusiva ao apresentador Gugu Liberato, da Rede Record.
— [Hoje, ela] olha nos olhos das pessoas, apesar de desviar, mas eu não entro na dela.
Jane era chefe da perícia criminal do DHPP (Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa) em 2002, quando Manfred e Marísia von Richthofen foram brutalmente assassinados a pauladas por Daniel e Christian Cravinhos a mando de Suzane, segundo conclusão da investigação policial. A perita teve intenso contato com os envolvidos durante esse período.
Após assistir à primeira parte da entrevista, que foi ao ar na quarta-feira (25), Jane não teve dúvida de que o jeito de Suzane mudou muito durante esses 12 anos. No entanto, depois de tudo que viveu durante as investigações, a perita diz que não se deixa envolver pela nova roupagem de Suzane.
— Sim, 12 anos mudam qualquer pessoa. Ela cresceu apanhando. Ela continua falando e se expressando muito bem e está menos fria.
Jane conta que quando Suzane ia depor, em 2002, no DHPP, o comportamento dela era "sem-noção" e "frio".
— Toda vez que ela ia depor, parecia que ia a uma festa. Sempre de blusa curta e próxima demais de Daniel. Ela sentava no colo dele e eles ficavam se beijando. Era tudo muito estranho.
Esse comportamento se estendeu durante toda a investigação. Jane afirma que o mesmo aconteceu durante a reconstituição do crime.
— Quando acabou a reconstituição, Daniel queria dar um beijo em Suzane. Claro que eu não deixei eles terem contato. Mas a atitude foi muito sem-noção.
Choro na reconstituição
Jane afirma que Daniel entrou em pânico durante a reconstituição do crime. O motivo: a semelhança entre Manfred e o homem que fazia o papel da vítima. E o caso não foi coincidência. A perita convidou um investigador com as mesmas características do pai de Suzane.
— O investigador era alto, de barba e óculos. Quando Daniel olhou começou a chorar e a tremer. Tivemos que parar a reconstituição para dar água para o rapaz e ainda rezamos um Pai Nosso. O resto do processo, ele fez apertando ora meu braço, ora minha mão. Ele olhava para o investigador e dizia: 'É ele, é ele'
Suzane indiferente
Jane conta que tinha receio de imaginar que a filha pudesse estar envolvida na morte dos pais, mas as evidências apontavam cada vez mais para Suzane. Inclusive fatos que não foram para os autos — corriam nos bastidores da investigação.
A perita afirma que o policial que preservava a cena do crime ficou chocado com a brutalidade das mortes. Quando soube que teria que informar os filhos sobre o crime, ele se precaveu e chamou uma ambulância, para o caso de Suzane ou do irmão passarem mal. Mas, ao saber da morte, Suzane reagiu de forma inesperada.
— Após saber que a casa tinha sido roubada e os pais assassinados, ela simplesmente perguntou se tinham levado muita coisa. O policial me contou que quem quase precisou ser atendido pela ambulância foi ele.
A indiferença de Suzane sempre foi motivo de desconfiança da polícia. Principalmente quando, dois dias depois do crime, a jovem fez sua festa de aniversário em um sítio pertencente aos pais mortos.
— Na época, a empregada me relatou que achou tudo muito esquisito. A festa foi tão barulhenta, até os vizinhos reclamaram.
No DHPP não era diferente.
— Ela se comportava como se fossem os pais de qualquer pessoa que tivessem sido brutalmente assassinados, e não os dela.
Fonte: R7.com


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